Esta é a década dos Direitos
Humanos, não por estar institucionalizada como tal, mas pela percepção de que
as discussões e a busca de ações que garantam a reversão
de uma situação de exclusão para a inclusão
ganham um espaço cada vez maior na sociedade, consequentemente, percebe-se um
movimento maior no que diz respeito à mobilização na luta pelos direitos. Uma
organização cada vez mais crescente no que tange ao direito das minorias.
Direitos humanos são aqueles que como
o próprio nome diz, asseguram aos seres humanos sua existência em sociedade.
Isso quer dizer que diz respeito e abrange a todos nós. Mas uma particularidade
que talvez ainda não tenha sido compreendida, diz respeito ao fato de que sendo
direito de todos, eles perpassam pela singularidade de cada um de nós.
Desse modo, cabe aqui compreender
como as pessoas com deficiência se percebem e como são percebidas a partir da
proposta de reconhecimento de tais direitos.
Somos pessoas. E por esse motivo,
não podemos permitir que nossas limitações ocupem espaços maiores que a
dimensão humana que possuímos.
Nesse sentido vale aqui começar a
ressaltar as diferenças que possuímos. Costuma-se na maioria das vezes, igualar
as pessoas por sua deficiência. Isso já não cabe. Cada dia torna-se mais claro
as especificidades de cada um. O que serve para uma pessoa cadeirante, não
necessariamente é o ideal para outro porque pessoas são singulares em suas
especificidades. Não há nenhuma igualdade do ponto de vista sociológico a não
ser no fato de que somos diferentes.
Essa homogeneização torna-se
visível em todos os setores da sociedade e as instituições presentes no mesmo
também demonstram essa característica, quando não oferecem receptividade, para
não usar outra palavra mais forte, no lidar com o atendimento as pessoas com
deficiência. Desse modo estaremos aqui, pontuando sempre esses aspectos, de
modo a definir melhor, quem somos e o que queremos. Deixo aqui como mensagem
final de todas as reflexões que desenvolverei de hoje em diante o lema do nosso
movimento que luta pelo: Nada sobre nós, sem nós!
Autora: Profa. Deise Cortez
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