quarta-feira, 24 de junho de 2015

DIREITOS HUMANOS E DEFICIÊNCIA...

Esta é a década dos Direitos Humanos, não por estar institucionalizada como tal, mas pela percepção de que as discussões e a busca de ações que garantam a reversão de uma situação de exclusão para a inclusão ganham um espaço cada vez maior na sociedade, consequentemente, percebe-se um movimento maior no que diz respeito à mobilização na luta pelos direitos. Uma organização cada vez mais crescente no que tange ao direito das minorias.
Direitos humanos são aqueles que como o próprio nome diz, asseguram aos seres humanos sua existência em sociedade. Isso quer dizer que diz respeito e abrange a todos nós. Mas uma particularidade que talvez ainda não tenha sido compreendida, diz respeito ao fato de que sendo direito de todos, eles perpassam pela singularidade de cada um de nós.
Desse modo, cabe aqui compreender como as pessoas com deficiência se percebem e como são percebidas a partir da proposta de reconhecimento de tais direitos.
Somos pessoas. E por esse motivo, não podemos permitir que nossas limitações ocupem espaços maiores que a dimensão humana que possuímos.
Nesse sentido vale aqui começar a ressaltar as diferenças que possuímos. Costuma-se na maioria das vezes, igualar as pessoas por sua deficiência. Isso já não cabe. Cada dia torna-se mais claro as especificidades de cada um. O que serve para uma pessoa cadeirante, não necessariamente é o ideal para outro porque pessoas são singulares em suas especificidades. Não há nenhuma igualdade do ponto de vista sociológico a não ser no fato de que somos diferentes.

Essa homogeneização torna-se visível em todos os setores da sociedade e as instituições presentes no mesmo também demonstram essa característica, quando não oferecem receptividade, para não usar outra palavra mais forte, no lidar com o atendimento as pessoas com deficiência. Desse modo estaremos aqui, pontuando sempre esses aspectos, de modo a definir melhor, quem somos e o que queremos. Deixo aqui como mensagem final de todas as reflexões que desenvolverei de hoje em diante o lema do nosso movimento que luta pelo: Nada sobre nós, sem nós!

Autora: Profa. Deise Cortez

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